os pensantes do autocarro
Cada vez que entro num autocarro, parece que abro um livro que conta a história de cada um. Não sei se alguém já fotografou, eu já pensei várias vezes em fotografar quem anda nos autocarros, especialmente algumas pessoas. Enquanto não o faço, vou registando mentalmente: a mulher, toda vestida de preto e rosa,com os olhos pousados entre o rosto de uma mãe e de uma criança, que trocavam carinhos; a freira, com lábios muito bem pintados de cor de vinho, que lê com uma expressão de testa muita profunda, a revista "Maria"; a jovem adolescente com o rosto colado no vidro do autocarro;...
Também não é tão difícil seguir o meu olhar à velocidade que é exigida e registar um rosto, um corpo, um comportamento que está ali na rua.
Mas o que não falta mesmo, autocarro que é autocarro, é a competição entre os velhinhos, do género: "a minha coluna mais parece um "s" mal feito", diz o outro, "a minha coluna mais parece ondas de um mar bravo", e pronto, ficam nisto até mudarem para a segunda divisão. Mas o que gosto de observar são os que ficam absortos, com um olhar distante, e eu a inventar pensamentos.
Também não é tão difícil seguir o meu olhar à velocidade que é exigida e registar um rosto, um corpo, um comportamento que está ali na rua.
Mas o que não falta mesmo, autocarro que é autocarro, é a competição entre os velhinhos, do género: "a minha coluna mais parece um "s" mal feito", diz o outro, "a minha coluna mais parece ondas de um mar bravo", e pronto, ficam nisto até mudarem para a segunda divisão. Mas o que gosto de observar são os que ficam absortos, com um olhar distante, e eu a inventar pensamentos.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home