sábado, setembro 03, 2005

Errância

Não sabemos. Mas escrevemos ainda
assim. Regressamos a essa solidão
com que esperamos merecer, imagine-se
a companhia de outra solidão. Escrevemos,
regressamos. Não há outro caminho.

Rui Pires Cabral, "Não há outro caminho", Longe da Aldeia, 2005.